sexta-feira, 5 de março de 2010

NOITE DE UM ANDARILHO

Num cantinho qualquer me abrigo para que a noite passe mais depressa. Agachado todo espremido, abraço minhas pernas para que o frio não tome conta de todo o meu corpo e assim vá embora. Meus olhos começam a fechar e rapidamente me levanto ás pressas dando um pulo para trás ao perceber que ao meu lado se encontra um sujeito estranho e mal encarado  fumando um cigarro de palha fedorento.
O estranho resmunga algo que mal posso entender mais achei melhor não perguntar e com passos largos me afasto aos poucos e já obtendo uma boa distância , saio partindo em disparada sem rumo certo. 
Andando nas ruas que mais parece um cemitério ando de um lado para o outro ansioso com o clarear do dia. Cemitério, esta palavra me trás péssimas recordações e chacoalho a cabeça para espantar as lembranças ruins. Como presente da natureza percebo que o dia começa a clarear, mais é uma pena que eu não possa ver o sol nascer, pois estou rodeado de enormes prédios que mais parecem monstros gigantes.


                                                                                                14/12/98 13:35h

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