terça-feira, 2 de março de 2010

OLHOS FECHADOS

Fecho os meus olhos para nada ver.   Na mesa retangular de minha cozinha nada vejo, mas a minha imaginação vai mais além e preenche aquele vazio com diversos tipos de pratos dando a impressão de um banquete.   Fecho os meus olhos para nada ver. Em meu quarto abro o pequeno móvel meio torto e sem portas que o chamo de guarda-roupa e nada vejo, apenas algumas roupas velhas, furadas, e gastas de tanto lavar se encontram empilhadas.   Fecho os meus olhos para nada ver.   Olho na dispensa e percebo que esta quase vazia é como dispensa esta dispensada. Fecho os meus olhos para nada ver.   Pois o barulhinho de moedas que se houve do meu cofrinho quando eu chaqualho é revelante é só abrir e conferir. Três fichas locais, duas ddd e uma moeda de um real toma conta de todo o espaço.   Fecho os meus olhos para nada ver.   É estranho que meu aparelho de som transmite, as vezes parece uma interferência ou coisa parecida.   Penso que se fosse comprar outro o problema seria o mesmo por isso não vou trocar.   Fecho os meus olhos para nada ver.   Minhas roupas chama a atenção pois de longe se quando estou chegando, as vezes penso em renovar o meu guarda-roupa mas sempre deixo para amanhã e esse dia nunca chega.   Fecho os meus olhos para nada ver.   Resolvo trabalhar no domingo porque é gostoso e me distrai, tola eu se fosse perder meu tempo bebendo e dançando com meus amigos.   Fecho os meus olhos para nada ver. Pois percebo ao meu redor risos, alegrias,  falatório e assim por diante tudo muito artificial.  

E simplesmente fecho os meus olhos para nada ver e de olhos bem fechados penso em uma vida bem diferente.

03/06/07 13:51h

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